domingo, 22 de janeiro de 2012

Vazio - reflexão sobre o sacerdócio


Jesus não era um sacerdote que cumpria uma obrigação religiosa de oferecer um sacrifício periodicamente a Deus. Ele era o sacrifício.

Há aproximadamente 500 anos Martinho Lutero foi impactado com a revelação do sacerdócio de todos os santos. Desde então, século após século, a Igreja tem buscado viver essa revelação que os próprios seguidores de Lutero não conseguiram viver. O senso comum de que alguns apenas se achegam diante de Deus ainda predomina por duas razões básicas: ou não queremos amar a Deus sobre todas as coisas [vivendo na graça barata e clientelista] ou não amamos o próximo como a nós mesmos [vivendo como consumidores usufruindo dos serviços de outros, ao invés de sermos servos]. Em nós mesmos, algo utópico, mas o que as Escrituras nos sugerem a seguir?

Além de se achegar ao Senhor, um sacerdote é também uma pessoa que ministra ao povo a favor de Deus. Ele leva a presença de Deus ao povo. E leva o povo à presença de Deus. Ele leva a responsabilidade e culpa do povo diante de Deus. Ele é um ministro e representante de Deus.

Cristo é o modelo perfeito. O autor de Hebreus expressou o espírito de Jesus no sacerdócio, quando citou o salmo que diz: “Pelo que entrando no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste,… Então eu disse: Eis-me aqui … para fazer, ó Deus, a tua vontade” (Hb 10.5,7).
Jesus não era um sacerdote que cumpria uma obrigação religiosa de oferecer um sacrifício periodicamente a Deus. Ele era o sacrifício. Ele se ofereceu a Deus para fazer constantemente a sua vontade. Ele vivia com um só propósito: de olhar para o Pai e fazer o que ele fazia, carregar o peso que ele sentia, transmitir a palavra que ele falava.
Em Filipenses 2.6-8, Paulo diz que Jesus, “subsistindo em forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus coisa a que se devia aferrar, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo… tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz”.

Jesus não veio com o espírito de dominar, de se exaltar, ou de se tornar um grande rei com autoridade natural. Ele veio ser um servo. Ele veio em submissão à vontade de Deus. A preocupação dele foi, em primeiro lugar, de estar constantemente na presença de Deus, ministrando a ele. Este foi o seu espírito. E como segue a instrução aos Filipenses, essa também deve ser a nossa atitude.
João Costa



Via Comunidade Belford

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